Sua empresa está preparada para os gastos extras de final de ano?

A quatro meses do final do ano (sim, passou muito rápido!) a atenção do Empresário se volta para um único assunto: 13° salário e gastos extras de final de ano.

Para o empregador são mais despesas num momento financeiro tão conturbado em que vivemos. Além do 13° salário para aqueles que tem empregados, também é época de dar brindes, lembranças de natal para colaboradores e as famosas “caixinhas”.

E na sua empresa? Como será o pagamento do 13º salário? Atrasado ou em dia? Como ficará seu fluxo de caixa? A sua empresa tem recursos para brindes lembranças de Natal?

Muitas empresas começam a orçar esses custos extras já no início do segundo semestre. Outras ainda nem começaram a pensar. Como se preparar para que esses custos extras não desequilibrem o Caixa da empresa?

Planejamento Financeiro é a Solução

Planejar as despesas extras de final de ano é primordial para que a empresa passe por esse período sem prejuízos.

Fazer projeções da despesas com 13° salário dos funcionários e cotar despesas com brindes e lembranças de final de ano é o primeiro passo para ter uma noção do seu gasto total no período natalino.

Enquanto que o 13° salário não é uma despesa que se possa reduzir, os gastos com brindes e lembranças pode ser cotado com diferentes fornecedores para avaliação do 

custo x benefício.

Como funciona o 13° Salário?

Conforme previsto na CLT, o funcionário adquire o direito de receber 1/12 da remuneração mensal a título de 13° salário a cada mês trabalhado. Ou seja, é o pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada ano (caso ele tenha trabalhado o ano todo na empresa).

O 13° salário pode ser feito em 2 parcelas, a primeira, obrigatoriamente, até 30 de novembro de cada ano. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro.

A melhor forma de se planejar para essa despesa é reservar 1/12 do total da folha de pagamento todos os meses. 

Por exemplo: se a folha de pagamento líquida for de R$ 12.000,00 por mês, a cada mês será necessário poupar/reservar R$ 1.000,00 (12.000 /12) para pagamento do 13° salários ao final do ano. Na contabilidade essa reserva tem o nome de Provisão para 13° salário.

Mas a minha empresa não provisionou esse gasto e agora?

Pois bem, a empresa que não se programou para o pagamento do 13° salário, já deve começar a fazer isso para o ano que vem.

Para este ano, o que resta é:

- Aproveite esses últimos meses que faltam e procure poupar a quantia que puder;

- Se a poupança desses últimos meses for insuficiente, faça as contas e veja qual será o impacto dessa despesa no Caixa da empresa nos meses de novembro e dezembro;

- Caso o impacto seja muito alto e o Empresário veja que vai faltar dinheiro, busque linhas de crédito junto ao seu banco antes do prazo final de pagamento, para tentar obter financiamento com taxa de juros menores;

Brindes e Lembranças de Final de Ano

Esse tipo de despesa não é obrigatória como o 13° salário, mas caso nenhum planejamento seja feito a chance desse gasto ser bastante significativo é muito alta.

Mas você deve estar pensando: mas os Brindes não são despesas, são também investimento em marketing. Sim! E por isso mesmo deve ser planejado.

Você já parou para analisar qual é o retorno dos brindes que distribui? Então aí vão algumas perguntas que a empresa deve responder antes de contrair mais essa despesa:

- Quantos clientes chegaram a você através dos brindes distribuídos no último ano?

- Esses clientes efetivamente consumiram algum produto/serviço?

- O brinde que estou fornecendo alcança o público do meu produto/serviço?

- A despesa que a empresa teve com brindes no último ano desequilibrou as contas?

Agora sim, respondidas essas perguntas, a empresa já tem condições de avaliar se o brinde é adequado, se essa estratégia de marketing é a mais adequada para o período natalino, se haverá alguma promoção ou campanha que junto com o brinde retorne em mais vendas e, por último: quanto a empresa pode gastar com brindes.

Ainda dá tempo de ter um final de ano mais tranquilo na sua empresa. Mãos a obra!